“Os Outros” já é considerada o grande sucesso do ano no Globoplay, sendo a série mais consumida da plataforma entre todos os títulos nacionais e internacionais do catálogo. A obra, uma criação de Lucas Paraizo com direção artística de Luisa Lima, avança pelos corredores e apartamentos do condomínio Barra Diamond e convida o público a debater sobre intolerância e necessidade de diálogo nas relações humanas a partir do convívio entre vizinhos, casais, amigos e pais e filhos do – aparentemente perfeito - condomínio Barra Diamond.
Uma das grandes responsáveis pelo sucesso de “Os Outros” é a atriz Adriana Esteves, que na trama interpreta a personagem Cibele. A família de Cibele se muda para o condomínio Barra Diamond, após ter vivido de perto a violência em um bairro de subúrbio onde moravam. Seduzidos pelo ideal de felicidade dos grandes residenciais, Cibele e o marido Amâncio (Thomás Aquino) estão aliviados em poder oferecer uma condição de vida melhor e uma juventude com mais opções para o filho Marcinho (Antonio Haddad). Vendedor em uma loja de eletrodomésticos, Amâncio é um homem sensível que se preocupa com os outros e para quem sobra remediar os arroubos de Cibele. Mãe superprotetora, controladora e capaz de tudo pela segurança de seu filho, ela trabalha em casa como contadora e está sempre tomando as rédeas do que acontece na vida de sua família.
O filho deles, Marcinho, nunca foi o mais forte, nem o mais bonito ou inteligente, tampouco se destacou nas aulas de piano, mas uma coisa é certa: ele sempre foi um filho muito amado. Poucas mães foram mais dedicadas do que Cibele. Mas, o excesso de amor também traz seus problemas. Marcinho fala pouco, mas as palavras acumulam dentro dele. E a raiva também, pois está cansado de sofrer bullying. Quando chega ao Barra Diamond ainda criança, o menino se encanta com a liberdade que enxerga no local e a família acredita encontrar no condomínio a tranquilidade que haviam perdido nos últimos anos. Mas tudo muda oito anos depois, quando o destino cruza o caminho deles com o da família de Wando (Milhem Cortaz), Mila (Maeve Jinkings) e o filho deles, Rogério (Paulo Mendes).
“A série me fez aprofundar minha reflexão e pesquisa sobre o ser humano. Sou uma amante do tema. Como atriz e como pessoa, estou em constante questionamento sobre nossos papéis na sociedade. É encantador circular em diversos meios e ‘Os Outros’ ser motivo de discussão. As pessoas vibram e se orgulham dessa nossa série brasileira. Estou fortemente orgulhosa e admiradora de meus parceiros e colegas”, afirma Adriana Esteves.
Adriana Esteves na vida real se firmou no cenário artístico brasileiro depois de muito empenho e dedicação. A sua carreira teve maus momentos em seu início, por conta de uma depressão e críticas à sua atuação. Mas, tudo isso ficou no passado.
O fato é que Adriana Esteves contabiliza excelentes personagens em sua carreira, sendo que um dos mais marcantes foi fazer a saudosa cantora Dalva de Oliveira, na minissérie “Dalva & Herivelto”, ao lado de Fábio Assunção que assumiu o papel do famoso compositor. Logo depois protagonizou a novela “Morde & Assopra”, interpretando a arqueóloga Júlia. E destaque maior vai para a Carminha, de “Avenida Brasil”. Inesquecível. E mais recentemente, ela fez a Thelma, uma das protagonistas de “Amor de Mãe”, que teve que ser interrompida por causa da pandemia, mas que depois voltou e inclusive tendo a pandemia como tema.
Nascida no Rio de Janeiro, em 1969, a carreira de atriz começou vinte anos depois, num concurso para revelar novos talentos, no “Domingão do Faustão”. Naquele mesmo ano, ela estreou em “Top Model”. Depois veio “Meu Bem, Meu Mal”.
Em 1992, conseguiu sua primeira personagem protagonista, Marina, em “Pedra Sobre Pedra”, escrita por Aguinaldo Silva. Foi o maior sucesso.
Mas, em 1993, Adriana Esteves teve que enfrentar a crítica negativa do público por causa de sua atuação em “Renascer”, vivendo Mariana, uma prostituta que acaba fisgando o coração do personagem de Antonio Fagundes. Na época, Adriana tinha 23 anos e não suportou a repercussão negativa de seu trabalho; afastou-se da televisão e quase desistiu da carreira artística, recusando-se, inclusive, a fazer o papel de Babalu, em “Quatro Por Quatro”.
Mas, como não há mal que sempre dure, Adriana Esteves deu a volta por cima e, em 1995, retoma sua carreira atuando na minissérie “Decadência”. Depois disso, foram somente alegrias e personagens bem-sucedidos.
Entre muitos outros personagens, inesquecível foi a rebelde Lúcia Helena, de “A Indomada”, fazendo par romântico com José Mayer; em “Torre de Babel”, foi a vez da oportunista Sandrinha que tentou aplicar o golpe do baú no personagem de Marcos Palmeira; e finalmente a consagração total na pele da feminista Catarina, em “O Cravo e a Rosa”, fazendo par romântico com Julião Petrucchio (Eduardo Moscovis).
A atriz é casada com o ator Vladimir Brichta, com quem tem um filho, Vicente, de 17 anos. Lembrando que ela ainda é mãe de Felipe, com 25 anos, fruto de seu relacionamento com Marco Ricca. Adriana é madrasta de Agnes, com 27 anos, filha de Brichta com a cantora Gena, que morreu em 1999. A família cultiva hábitos simples, nunca são vistos em badalações e Adriana cuida do corpo e da pele com naturalidade. A atriz não dispensa uma série de exercícios diários e uma visita mensal ao dermatologista, o que lhe garante uma pele de porcelana. Outro cuidado é com a alimentação. Ela deixou de lado todos os tipos de fast-food, substituindo-os por uma alimentação natural, à base de grelhados, verduras e frutas. O resultado está aí, para todo mundo ver.
Apesar da maturidade, Adriana Esteves mantém o jeitinho de que ainda não saiu da adolescência. Fala baixo, encara o interlocutor com um olhar ingênuo e ainda é capaz de soltar um risinho envergonhado.
Assim é essa atriz-menina, como alguns colegas costumam se referir a ela. Profissional de sucesso, Adriana ainda vai longe em sua carreira.
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