Morre Nilton João Tafner

Faleceu na madrugada de hoje, 4 de janeiro, em Amparo, aos 90 anos de idade, o engenheiro Nilton João Tafner. Natural de Socorro/SP, onde nasceu em 6 de outubro de 1932, era filho de Armando Tafner e de Mercedes Vilalva Tafner. Era viúvo da professora Maria da Glória Moisé Tafner. Deixa os filhos Armando (casado com Marta), Maria Fatima (viúva de José Humberto), Maria Salete (casada com Emílio Cesar), Maria Aparecida, João José (casado com Gabriela) e Pedro Henrique (casado com Cíntia). Deixa os netos Eliza, Giulia, Izabela, Matheus, Felipe, Breno e Leonardo.

 Em 1945, aos 13 anos de idade, foi enviado pelos pais para morar sozinho em Amparo a fim de estudar no então Ginásio do Estado, hoje Escola Estadual Dr. Coriolano Burgos. A primeira vez que adentrou pelo portão da escola era tão pequeno que alguém gritou: “Lá vem um espirro de gente” – foi o suficiente para que seu nome fosse esquecido e, desde então, prevaleceu o apelido, passando a ser chamado carinhosamente de “Espirro”.

Teve destacada atuação na parte esportiva. Em 1948, jogou pelo Floresta Atlético Clube. No mesmo ano, passou a fazer parte do grupo que defendia o Amparo Athlético Club, clube em que atuou até 1954. Foi titular absoluto da equipe que se sagrou campeã do torneio amador do Estado de São Paulo no ano de 1952.

Em 1956, mudou-se de Amparo para Curitiba, pois ingressou na Escola de Engenharia da Universidade Federal do Paraná. Formou-se em Engenharia Civil em 1960. Na universidade, manifestou sua aptidão para liderar: foi presidente da Associação Atlética Acadêmica de Engenharia e vice-presidente da Federação de Desportos Universitários do Paraná, no período de 1959 a 1960; por três anos seguidos, participou da Seleção Universitária do Paraná como jogador de futebol.

No início do ano de 1961, ingressou, mediante concurso público, na Secretaria de Obras Públicas e Viação. Foi designado para servir no Departamento de Obras Públicas do Estado de São Paulo (DOP) para exercer a função de engenheiro fiscal na construção de pontes e viadutos.

Casou-se em julho de 1961. Em função do seu local de trabalho, fixou residência na Capital do Estado. Mesmo residindo na capital, distante de Amparo, não se esqueceu da cidade que o acolheu, pois já havia criado laços suficientemente fortes com nossa cidade e com seus habitantes. Essa ligação com o município de Amparo, associada ao seu espírito de sempre servir, motivou-o a trabalhar incessantemente para conseguir melhorias para nosso município.

Em 1972, por opção do casal, transferiu residência da capital do Estado para a cidade de Amparo. Apesar do desgaste de viajar diariamente para São Paulo, seu local de trabalho, o casal preferiu “levar” a família para Amparo em função da qualidade de vida que o município oferecia.

Em decorrência dos cargos que ocupou na Secretaria de Obras (foi desde engenheiro fiscal de obras até diretor da Regional de Obras do Estado de São Paulo na região de Campinas – sede da Regional), conseguiu trazer para a cidade de Amparo inúmeras obras. Entre elas, destaca-se a construção de pontes de concreto localizadas no perímetro urbano, além da zona rural, Arcadas e Três Pontes.

Na construção do ginásio de esportes do Amparo Athlético Club, atuando como voluntário, presenteou o clube que o acolheu no futebol com o projeto estrutural e acompanhou toda a sua construção. O mesmo desprendimento teve na ampliação da arquibancada do Estádio José de Araújo Cintra por ocasião do acesso do time de futebol para a segunda divisão do Estado.

Juntamente com a saudosa esposa Maria da Glória, era cofundador, em 1980, da Associação Guarda Mirim de Amparo, tendo integrado, ambos, durante quase 40 anos, o Conselho Fiscal da entidade.