Na rede social Instagram, a comunidade Amparo Diversidade, que reúne o Coletivo LGBTQIAPN, está realizando uma campanha que pede o fim da realização do “Banho da Doroty” no carnaval de Amparo. O evento será realizado neste ano na terça-feira, 13 de fevereiro, a partir das 17h, e faz parte da programação do carnaval amparense. O Banho da Doroty reúne foliões do sexo masculino que se vestem de mulheres. Outros foliões não fantasiados também participam do evento. No final do evento, um caminhão-pipa joga água nos participantes.
Na rede social Instagram, o grupo traz a seguinte informação “Pelo Fim do Banho da Doroty no carnaval de Amparo – Os homens, que se divertem ao se fantasiar de travestis performando estereótipos de gênero, retornam para suas casas e seguem suas vidas normalmente enquanto mulheres trans e travestis são ridicularizadas e violentadas no país que mais mata pessoas trans no mundo (em sua maioria, travestis) pelo 15.º ano consecutivo. Cerca de 90% dessa comunidade recorre à prostituição pela falta de acesso aos direitos básicos, ocasionada pelo preconceito. Elas, que são frequentemente procuradas em sites de pornografia pelos homens brasileiros, não são dignas de afeto pelos mesmos. O país do carnaval possui uma dívida histórica com a população trans e travesti. Travestis e mulheres trans não são fantasia”.
Não há informações sobre quando realmente o Banho da Doroty começou a ser realizado no carnaval de Amparo. Pesquisa realizada por A Tribuna apurou que, no final da década de 70, diversos motociclistas de Amparo, fantasiados de mulher, percorriam com suas motos as ruas de Amparo. O final do percurso era a piscina da Associação Esportiva Irapuã, onde acontecia a matinê do clube. No local, era realizado um desfile e, depois, os participantes pulavam na piscina.
A partir de 2002, o evento começou a ser realizado na Praça Pádua Salles pela Prefeitura de Amparo quando teve início também o uso do caminhão-pipa no banho.
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