. São creditados na conta desse dia cinco desastres aéreos, totalizando 812 mortos. Os acidentes aconteceram de 1948 a 2014. Eles aconteceram em países diferentes. O primeiro foi em Hong Kong. O segundo ocorreu na costa leste dos Estados Unidos. O terceiro foi na Índia e o quarto, em São Paulo, no Brasil. O último foi registrado em 2014, na Ucrânia.
O acidente com o hidroavião Catalina, que recebia o nome de “Miss Macau”, deu início à macabra história do dia 17 de julho de 1948. O avião era operado pela Macau Air Transport Company, uma subsidiária da Cathay Pacific, A aeronave partiu de Macau com destino a Hong Kong. Após uma tentativa de sequestro, o avião caiu em um rio próximo a Hong Kong. Das 26 pessoas a bordo, 25 morreram.
Em 17 de julho de 1996, o Boeing 747 fazia o voo TWA 800, uma rota área regular e internacional entre Nova York e Paris, operada pela extinta companhia aérea Trans World Airline.
Naquela noite, o avião precipitou-se no Oceano Atlântico perto das Ilhas Moriches, na costa do Estado de Nova Iorque, doze minutos depois de decolar do Aeroporto J.F. Kennedy, causando a morte de todos os seus 230 ocupantes. O relatório final, divulgado em agosto de 2000 pela NTSB, concluiu que a causa provável do acidente foi uma explosão dentro do tanque de combustível central da asa direita. Essa explosão foi provocada por uma centelha elétrica, cuja fonte não pôde ser determinada com certeza.
Quatro Quatro anos depois, no mesmo dia, em 2000, o voo Alliance Air 7412 usava um Boeing 737 que fazia uma rota aérea regular entre Calcutá e Déli, na Índia, operado pela Alliance Air, com escalas em Patna e Lucknow. Ao pousar na pista 25 do Aeroporto Lok Nayak Jayprakash em Patna, quando perdeu a sustentação, atingiu alguns prédios residenciais, caindo a dois quilômetros do Aeroporto. Na queda, o avião se partiu em quatro pedaços matando 60 pessoas e ferindo cinco.
A mesma data não livrou o Brasil de uma tragédia. Em 17 de julho de 2007, aconteceu o maior acidente aéreo do Brasil e o segundo maior da América Latina. O voo era operado pela companhia brasileira TAM linhas aéreas, que ligava as cidades de Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). O avião Airbus A320-233 de prefixo PR-MNK, decolou do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, com destino a São Paulo com 187 pessoas a bordo. Durante o pouso no aeroporto de Congonhas, a aeronave ultrapassou o fim da pista 35L, ultrapassou a Avenida Washington Luís e chocou-se contra o depósito de cargas da própria TAM. Todas as 187 pessoas do avião e mais doze pessoas que estavam no depósito morreram, totalizando 199 mortes.
No dia 17 de julho de 2014 – O voo Malaysia Airlines 17 passa sobre a Ucrânia. O Boeing 777-200ER com 283 passageiros e 15 tripulantes, decolou da cidade de Amsterdam na Holanda com destino Kuala Lumpur na Malásia. O avião caiu no leste da Ucrânia, a 40 km da fronteira com a Rússia. Todos os 298 ocupantes do avião morreram. Posteriormente, apurou-se que a queda ocorreu devido a o avião ter sido abatido, supostamente por rebeldes pró-Rússia, em território ucraniano.
Apenas coincidências
A Aviação comercial tem pouco mais de cem anos de atividades e vem crescendo ano após ano em número de usuários. Ao longo desse tempo, alguns mitos foram se formando, trazendo uma série de dúvidas aos seus usuários. Logicamente, os acidentes ocorridos em 17 de julho, em épocas diferentes, foram coincidências.
Estatisticamente, uma viagem de avião é muito mais segura que uma viagem de carro ou ônibus, e a chance de um acidente com mortes é de um em 8 milhões.
Os sistemas de segurança de uma aeronave são sofisticados; quando um sistema falha, sempre existe um segundo sistema que pode suprir a necessidade do outro, e os pilotos, até chegarem a assumir uma aeronave, passam por treinamentos longos e rigorosos. Outro detalhe importante é a rigidez das leis na Aviação comercial.
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