O começo do ano é marcado pelas férias de verão e pelo aumento de movimento nas estradas que dão acesso ao litoral e interior. Por isso, antes de viajar, é importante fazer uma revisão veicular completa na parte mecânica e em outros dispositivos, como os pneus. Esses itens garantem a aderência do veículo ao solo, ajudam a controlar a estabilidade e influenciam diretamente nos sistemas de suspensão, amortecimento, freios, tração, entre outros.
Pensando nisso, a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) selecionou algumas dicas de como cuidar dos pneus do veículo e garantir uma viagem segura e tranquila.
“É fundamental que o motorista preste atenção no estado de conservação e na calibragem. Com esses cuidados simples de manutenção, é possível prolongar a vida útil dos pneus e diminuir o desgaste de outras peças. Isso garante mais segurança e conforto a todos no veículo”, explica Mucio Jose Teodoro da Cunha, especialista em Regulação de Transporte.
O cuidado também evita multas
Os pneus são partes fundamentais da segurança veicular. De acordo com a legislação, segundo o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), está previsto que aqueles que não mantiverem as condições adequadas das peças, além da multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH, podem ter o veículo retido para regularização. Se não for viável corrigir a falha no local da infração, o veículo pode ser liberado, caso ofereça condições de segurança para circular, porém será emitido um recibo assinalando um prazo para regularização que contará a partir da notificação.
Fique atento
Realizar a manutenção preventiva dos pneus é sinônimo de segurança, ainda mais para aqueles veículos que utilizam as rodovias. Conheça alguns cuidados para preservar e prolongar a vida útil desses itens:
Na hora de comprar seu pneu: nem todos os proprietários de veículo sabem como escolher o pneu correto para seu automóvel, portanto, para não cometer equívocos, é importante consultar o manual do veículo.
Acerte na calibragem: pneus calibrados são fundamentais para encarar, com segurança, a estrada em dia de chuva. Caso a pressão esteja abaixo do recomendado pelo fabricante, os sulcos ficam mais próximos e podem perder a capacidade de escoamento, aumentando o risco de aquaplanagem. Se o motorista abusar da velocidade sobre as finas camadas de água formadas sobre as pistas, os pneus perdem o atrito com o solo e o veículo pode vir a escorregar na pista. Isso pode fazer com que o motorista perca o controle do automóvel e até mesmo cause graves acidentes.
Lembre-se de realizar o balanceamento e alinhamento: para que os pneus fiquem retos ao volante e que as rodas girem no próprio eixo sem oscilar, é necessário manter o veículo sempre alinhado. Assim, o condutor garante uma direção segura prevenindo os desgastes irregulares dos pneus.
Evite pneus carecas e sem manutenção: quando o pneu não está com a manutenção em dia, ele pode causar grandes problemas como a aquaplanagem, estouro de pneus, entre outros, que podem causar acidentes graves na rodovia. Para ter certeza sobre a confiabilidade dos pneus, verifique se as ranhuras possuem, no mínimo, 1,6 mm de altura. A dimensão mínima pode ser medida pelo TWI (indicador de desgaste da banda de rodagem), um pequeno risco no interior dos sulcos que indica quando o pneu atinge o limite da segurança.
Realize o rodízio dos pneus: a prática compensa a diferença do desgaste dos itens e garante maior estabilidade e eficiência durante o percurso. Além de ser benéfica para estender a vida útil desses componentes e fazer com que sejam desgastados de forma mais uniforme, um pneu gasto representa um risco ao condutor e aos demais veículos a sua volta, já que a aderência ao asfalto fica comprometida, principalmente ao fazer curvas sinuosas. Importante lembrar que, antes de fazer o rodízio dos pneus, o proprietário deve verificar o manual do fabricante do veículo e seguir as orientações necessárias, já que há modelos em que o procedimento não é necessário.
Evite frear ou acelerar de forma brusca: quanto mais brusca for a freada ou a retomada, maior é o prejuízo à estrutura do pneu, pois a ação demanda mais esforço do sistema de suspensão e outros componentes do veículo, o que pode gerar desgaste, deformação e superaquecimento dos pneus.
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