Com a publicação do Decreto Municipal nº 6718, em 31 de maio, que concede o aumento de R$ 50,00 para os servidores públicos da Prefeitura de Amparo, os vereadores se manifestaram na última sessão ordinária, realizada dia 5 de junho.
O principal apontamento foi de que, em janeiro deste ano, o prefeito decretou que este aumento seria de R$ 215,00 (Decreto nº 6646/2023), a partir de julho. "Tem repercutido muito mal e as pessoas estão nos cobrando porque foi dito que daria, foi um decreto. A Prefeitura precisa explicar nessa Casa e em toda a cidade, porque a inflação subiu, os alimentos subiram e os funcionários precisam", declarou o vereador Pastor Elson Batista (PL), que apresentou o Requerimento nº 62/2023 com estes questionamentos.
A vereadora Sílvia Forato (PT) disse que estava no gabinete do prefeito quando houve a conversa e negociação dos valores, que chegaria ao total de R$ 715,00. "Agora ele simplesmente cancela o que já estava decretado? Estamos falando de servidores que ganham pouco mais de salário mínimo e estavam contando com esse dinheiro para o supermercado. É muito cruel!", opinou.
O vereador e servidor público Farlin Conrado (MDB) também pediu esclarecimentos, mas ponderou o posicionamento do Executivo. "É fundamental lembrarmos que o prefeito deu todos os dissídios atrasados, mais de 20% acumulado. Sou servidor, quero saber sobre o baixo aumento, mas temos que ter coerência e reconhecer o trabalho feito", disse ele, destacando ainda que a majoração do vale-alimentação não é votada pela Câmara Municipal.
Como líder do governo, a vereadora Alice Veríssimo (União) explicou que o orçamento do município está comprometido pela queda da arrecadação. "Tivemos uma audiência pública com a secretária municipal da Fazenda e foi apresentado que o ICMS, que vem do estado, apresentou uma queda significativa e que ajustes foram feitos. Assim como em nossa casa, no orçamento familiar, acredito que a medida de não dar o aumento prometido do vale-alimentação foi uma questão de remanejamento", discursou.
Por fim, o presidente da Câmara, vereador Edilson Camillo (Dil - PSD), concluiu: "O erro foi ter garantido antes" Nenhum gestor vai deixar de atender o servidor, mas foi a arrecadação estadual que caiu e, consequentemente, o repasse ao município".
Twittar | Compartilhar |