Os manifestantes e defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estavam acampados na Praça Meirelles Reis, centro de Amparo, e protestavam contra o resultado da eleição do petista Luiz Inácio Lula da Silva para presidente, no último dia 30 de outubro, encerraram as manifestações no sábado, 31 de dezembro. No local os bolsonaristas desde início de novembro último montaram barracas e instalaram diversas faixas de protestos contra a eleição de Lula. A estrutura do local contava ainda com banheiros químicos e barracas onde eram preparados a alimentação para atender quem participava da manifestação e proteger as pessoas em caso de chuva e frio. Por mais de 50 dias, os manifestantes permaneceram em vigília na praça que fica defronte a sede do Tiro de Guerra 02-001 de Amparo, aguardando uma possível ação das Forças Armadas.
No sábado a tarde, dia 31, um grupo de cerca de 10 pessoas com camisas da Seleção Brasileira e bandeiras do Brasil, permanecia no local. Porém, a noite, poucas horas da virada do ano, já não havia nenhuma pessoa no local.
Os manifestantes de Amparo e de várias regiões do País pediam intervenção federal (intervenção militar) e não queriam permitir a posse do presidente Lula. Analistas políticos e políticos contrários às manifestações dizem que a reivindicação era uma ação golpista contra as instituições e os poderes constituídos pela Constituição do País.
O fim do acampamento na Praça Meirelles Reis em Amparo aconteceu logo depois do presidente Jair Bolsonato (PL) ter viajado para Orlando, no Estados Unidos. Ele também não participou da solenidade de posse do presidente Lula e não passou a faixa ao sucessor, sendo na história do País o terceiro chefe do executivo brasileiro a não participar da posse do sucessor.
As manifestações em Amparo e em várias cidades do País tiveram início no início de novembro logo após ser divulgado a vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022. Em Amparo, a Rodovia SP-360, no trecho Amparo-Morungaba, foi interditada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que protestavam contra o resultado da eleição. Parte da Rodovia SP-95, no trecho Amparo-Pedreira, também foi interditada.
Em Amparo carreatas de protestos foram realizadas e manifestações aconteceram na Praça Meirelles Reis no centro. No sábado, 26 de novembro, foi realizada a Marcha das Luzes. Os participantes caminharam pelas ruas de Amparo levando velas. A concentração do evento aconteceu defronte ao Tiro de Guerra (TG) de Amparo e o evento teve início às 20h.
A caminhada foi realizada até a Praça Monsenhor João Baptista Lisboa retornando em seguida para o ponto de partida. Durante a marcha, os manifestantes respondiam a palavras de ordem e diziam que o presidente eleito Lula não “Iria subir a rampa”, uma alusão a não tomar posse no dia primeiro de janeiro de 2023.
Durante o período de vigília, alguns participantes da manifestação pediam apoio a população pelas redes sociais e se intitulavam “Patriotas”. Porém, o encerramento da manifestação na Praça praticamente não mereceu nenhuma postagem nas redes socias, mas diversas críticas, ao fato da Forças Armadas não terem realizada a pedida “Intervenção” foram divulgadas.
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