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Por: Diário do Comércio
17/03/2021
10:03

Pesquisa realizada pelo Sebrae para mensurar os impactos da pandemia do novo coronavírus nos pequenos negócios identificou que 57% deles estão preocupados com o futuro, e sentem muita dificuldade em manter suas operações. Entre os 6.228 entrevistados para a pesquisa, a maioria acredita que a normalidade só vai voltar no segundo semestre de 2022. O pessimismo é resultado do recrudescimento da pandemia e do desempenho aquém do esperado em 2020.

As vendas do ano passado foram menores que as de 2019 para 65% dos pequenos negócios. Ninguém previa algo diferente diante da crise econômica acarretada pela crise sanitária. Porém, as perdas foram mais intensas do que os empresários imaginavam.

Em média, eles sentiram uma queda de 32% no faturamento em 2020, quando comparado ao ano anterior. Fazendo o recorte apenas entre os microempreendedores individuais (MEI), o recuo foi de 38%.

O levantamento do Sebrae foi feito entre os dias 25 de fevereiro e primeiro de março, quando 79% dos pequenos negócios apontaram alguma queda no faturamento. Na pesquisa anterior, realizada em novembro de 2020, foram 73% os que apontaram que houve recuo.

As restrições às atividades econômicas, adotadas para tentar conter o avanço do coronavírus, impactaram de alguma maneira a maioria dos pequenos negócios. Apenas 16% deles afirmaram que continuam a operar como antes da pandemia.

Para enfrentar os efeitos da crise econômica, os empresários cobram do governo mais linhas de crédito. Essa foi a principal demanda de 45% dos entrevistados.

Quando o recorte exclui o MEI, a cobrança por mais linhas cresce para 51% da amostragem do Sebrae. Isso porque para boa parte dos MEIs, 36% deles, a prioridade é outra, o Auxílio Emergencial.

Quando se compara a pesquisa feita em novembro com a realizada em fevereiro de 2021, os pequenos negócios que disseram estar inadimplentes aumentaram de 31% para 34%. Isso pode ter refletido na queda no percentual de empresas que buscaram crédito, que reduziu de 52% para 49% nesta mesma comparação.

Entretanto, o percentual de pequenos negócios endividados caiu de 37% para 35%.

O número de pequenos negócios que demitiram cresceu em relação ao levantamento anterior, de novembro de 2020. Eram 8%, agora são 11%.


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