Com superávit comercial recorde, as contas externas tiveram saldo positivo de US$ 649 milhões em maio, informou nesta segunda-feira (26), em Brasília, o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2022, houve déficit de US$ 4,632 bilhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.
A diferença na comparação interanual é resultado, integralmente, da elevação de US$ 6,4 bilhões no superávit comercial no mês. As exportações de bens totalizaram o recorde de US$ 33,306 bilhões em maio, aumento de 11,2% em relação a igual mês de 2022. As importações somaram US$ 23,587 bilhões, queda de 11,3% na comparação com maio de 2022.
Com esses resultados, em maio de 2023, a balança comercial fechou com saldo positivo de US$ 9,719 bilhões, ante saldo positivo de US$ 3,368 bilhões em maio de 2022. É o maior superávit da série histórica, para qualquer mês, iniciada em janeiro de 1995.
Por outro lado, o déficit em renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas) aumentou US$ 1,1 bilhão, o déficit em serviços caiu US$ 290 milhões e o superávit em renda secundária, que são as transferências sem contrapartidas, recuou US$ 309 milhões.
Em 12 meses, encerrados em maio, o déficit em transações correntes é de US$ 48,545 bilhões, 2,45% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país), ante o saldo negativo de US$ 53,826 bilhões (2,73% do PIB) em abril de 2023 e déficit de US$ 51,218 bilhões (2,89% do PIB) no período equivalente terminado em maio de 2022.
Já no acumulado do ano, o déficit é de US$ 12,647 bilhões, contra saldo negativo de US$ 21,099 bilhões de janeiro a maio de 2022.
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