A polícia Civil de Socorro deflagou a operação "João de Deus Socorrense " na segunda-feira, 15 de janeiro, onde contamos com apoio do SIG da Cidade de Amparo. A operação visou atos praticados pelo indiciado J.M.M, sendo que este utilizava o espaço espiritual para conseguir a confiança das pessoas, principalmente mulheres, para indicá-las para tratamento de terapias, regressão, quiropraxia, hopnose e massagens em sua residência em Socorro, e possuía ajuda de mãe de santo do Terreiro que também indicava os serviços dele, onde J.MM. abusava de suas pacientes.
O autor agia aproveitando-se do fato de que vítimas vão ao centro de umbanda para conseguir ajuda espiritual, e estão fragilizadas psicologicamente, sendo difícil desconfiar ou relacionar a má fé e abuso sexual, não conseguem diferenciar. Ele se descrevia para as vítimas como uma pessoa com poderes superiores, como se tivesse poder de curar suas dores, tanto físicas quanto emocionais.
A maioria das vítimas relatou que antes das terapias em sua residência, J.M.M. dava as vítimas um copo de água, alegando que a água é uma condutora elétrica e essencial para a terapia, e muitas das vítimas descreveram que no momento do abuso não conseguiam ter reação contra os abusos, e ficavam sonolentas sem força física.
O autor as induzia, a tirar a roupa, mediante argumentos religiosos e medicinais, utilizando-se como exemplo a líder religiosa delas, a mãe de santo, o que as levavam a acreditar nos argumentos. Passava uma quantidade exagerada de óleo em seus corpos e assim iniciava os abusos. O autor se utiliza também técnicas de hipnoses nas vítimas, não podendo descartar que a água que lhes era oferecida poderia ter alguma espécie de remédio.
o autor também trabalha no Hospital Municipal de Socorro como técnico de raio x, e teria cometido abusos também dentro do Hospital, inclusive de uma menor de idade. Num primeiro momento o total de vítimas chegou a 20 mulheres
Instaurou-se inquérito policial para apuração dos fatos.A delegada de Socorro, Leisa Silva Neves representou ao judiciário pela prisão preventiva do acusado, bem como busca e apreensão domiciliar, os quais foram cumpridos da data de segunda-feira, dia 15 de janeiro, onde foram localizados celular, aparelhos de mídias, remédios, vários brinquedos sexuais, seringas, bem como várias munições e duas armas de fogo, uma delas ilegal, sendo lavrado também o flagrante pela posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
A operação recebeu o nome de 'João de Deus Socorrense', em referência ao médium João Teixeira de Faria, condenado a quase 100 anos por crimes sexuais em Abadiânia (GO).
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