Por: A Tribuna
22/11/2019
09:11

Na sexta-feira, 22 de novembro, será comemorado o 56º aniversário da morte do presidente americano John Fitzgerald Kennedy. Ele foi morto, aos 46 anos, quando desfilava em carro aberto pelas ruas de Dallas, cidade do Estado do Texas, por volta das 12 horas de uma sexta-feira. A morte do presidente norte-americano, em 1963, até hoje, gera muitas discussões. O crime foi atribuído ao fuzileiro naval Lee Harvey Oswald que, na época, tinha 24 anos e que, no passado, havia desertado para a antiga URSS. Ele também pertencia ao Comitê Jogo Limpo com Cuba. Por fatalidade, Lee Oswald foi morto no dia 24 de novembro, dois dias depois de ter praticado o crime. Ao ser transferido de prisão, Oswald foi alvejado por um tiro disparado por Jack Ruby, dono de um cabaré em Dallas. Jack matou Oswald com um tiro à queima-roupa diante de centenas de jornalistas e policiais. O fato foi acompanhado ao vivo pela TV por milhões de pessoas.

Kennedy foi eleito presidente dos Estados Unidos no dia 9 de novembro de 1960, tornando-se o 35º presidente do país. Sua eleição rompeu uma série de tabus na política americana. Ele foi o primeiro presidente católico dos Estados Unidos e o mais jovem,com 43 anos de idade. Na época, concorreu pelo Partido Democrata. Ele nasceu no Estado de Massachusetts e venceu na eleição o então vice-presidente, o republicano Richard Nixon, numa eleição muito disputada.

Kennedy nasceu numa família rica de origem irlandesa. Era filho de Joseph P. Kennedy, embaixador dos Estados Unidos no Reino Unido no fim dos anos 30. Formou-se em Relações Internacionais pela Universidade de Harvard em 1940. Serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, sendo ferido em Guadalcanal, em 1943. Condecorado por bravura, afastou-se do serviço militar por problemas na coluna vertebral.

Em 1946, foi eleito pelo Partido Democrata como deputado federal pelo estado de Massachusetts, sendo reeleito em 1948 e 1950. Em 1952, ganhou de Henry Cabot Lodge Jr., do Partido Republicano, a vaga de seu estado no Senado Federal. Kennedy casou-se em 12 de setembro de 1953 com Jacqueline Bouvier. Nessa época, sofreu duas cirurgias para correção de problemas na coluna vertebral, vindo quase a falecer, recebendo duas vezes o ritual de extrema-unção. Teve dois filhos.

No início de 1960, Kennedy declarou-se candidado democrata às eleições presidenciais daquele ano. Vencedor de todas as primárias, Kennedy foi designado pelo Partido Democrata como candidato à Presidência, escolhendo para compor sua chapa o senador Lyndon B. Johnson, do Texas. O oponente republicano era o então vice-presidente, Richard Nixon. A 8 de novembro de 1960, após uma disputadíssima campanha, Kennedy vence por uma diferença de 112.881 votos, numa das eleições mais apertadas da história americana: 0,2% dos votos. Muitos atribuem a vitória de Kennedy à forma como aparecia na recente televisão: o carisma e a jovialidade eram passados com convicção. Kennedy foi o primeiro presidente dos Estados Unidos nascido no século XX.

O Governo Kennedy

Kennedy tomou posse, sucedendo a Dwight Eisenhower, em 20 de janeiro de 1961. Tão logo assume a Presidência, tem de enfrentar uma crise causada pela invasão de Cuba por exilados cubanos com o auxílio da CIA. Assume a responsabilidade pelo fracasso, mas mantém a popularidade. Em junho, tem seu primeiro encontro com o premier soviético, Nikita Khrushchov, em Viena. Dois meses depois, o Muro de Berlim é construído. 1962 é um ano turbulento. A crise dos Mísseis em Cuba leva o mundo próximo ao conflito nuclear, mas Kennedy, estando mais entrosado com o poder, age com firmeza e ganha admiração mundial. O conflito no Vietnã começa a se agravar e Kennedy envia consultores militares para o sudeste asiático.

Internamente, o Governo Kennedy leva a economia a uma recuperação. Porém, enfrenta forte oposição do Congresso ao levar adiante algumas de suas propostas. No sul do país, a tensão racial se agrava e o presidente é obrigado a enviar tropas para garantir os direitos civis da população negra. Foi um presidente que defendeu abertamente as causas das minorias e do papel de cada cidadão no seu país. Entre 1961 e 1963 vários países sul-americanos recebiam ajudas no setor de vestuário e alimentação ("Aliança para o Progresso"). Kennedy foi o presidente dos Estados Unidos que lançou o desafio de chegar à Lua em uma década, que resultou no Projeto Apollo. No famoso discurso, em 1961, Kennedy lançou o desafio de "enviar homens à Lua e trazê-los de volta e a salvo".

O assassinato

No verão de 1963, Kennedy preparava-se para iniciar a sua campanha para uma eventual reeleição nas eleições de 1964. As perspectivas eram boas, visto que o candidato republicano deveria ser o senador Barry Goldwater, um conservador bastante extremista e impopular. Porém, no estado do Texas, que era de fundamental importância, a administração estava perdendo popularidade para os republicanos. Foi então programada uma visita do presidente às principais cidades do estado em 21 e 22 de novembro.

Tendo visitado San Antonio, Houston e Fort Worth, Kennedy vai a Dallas, desfila em carro aberto, e encontra uma multidão entusiasmada. Ao meio-dia e meia do dia 22 de novembro, passando pela Dealey Plaza, Kennedy é atingido por dois tiros, um no pescoço (que também atinge o governador John Connally) e outro fatal na cabeça. A esposa Jackie Kennedy, que estava ao seu lado, sobe em desespero na traseira do carro em movimento. Kennedy morre menos de trinta minutos depois do atentado. O tiro teria sido disparado por Lee Harvey Oswald da janela do sexto andar de um depósito de livros, localizado na Elm Street. Kennedy foi o quarto presidente assassinado dos Estados Unidos e o oitavo a morrer quando ainda estava no poder. O vice-presidente Lyndon B. Johnson toma posse 99 minutos após a morte do presidente. O juramento de posse, solenidade praticada por todos os presidentes, acontece no avião presidencial (Air Force One). A posse acontece ao lado da viúva Jacqueline que ainda tinha suas roupas sujas de sangue. Durante a solenidade, Johnson determina que todas as cortinas do avião fossem abaixadas. Como as janelas não eram brindadas, ele temia também ser vítima de um novo disparo de arma feito por alguém de qualquer ponto da pista do aeroporto de Dallas.

O criminoso

Lee Oswald foi preso quase uma hora e meia depois de ter disparado contra o presidente Kennedy. Ele foi preso no Teatro Texas. Dois dias depois, Oswald foi morto por Jack Ruby. No dia 3 de janeiro de 1967, Ruby (o nome verdadeiro era Rubinstein) morre na prisão, vítima de câncer.

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Lee Oswald foi preso quase
uma hora e meia depois
de ter disparado contra o
presidente Kennedy. Ele foi preso no
Teatro Texas. Dois dias depois,
Oswald foi morto por Jack Ruby.
O crime ocorreu diante da câmeras da TV

 

 

Nos anos após a morte do presidente Kennedy, foram muitas as investigações realizadas sobre o crime. A Comissão Warren, montada para investigar o caso, apurou, em 1964, que Lee Oswald agiu sozinho, disparando três tiros. Porém, em 1978, uma comissão do Congresso Americano, que investigou o caso, concluiu que um quarto tiro também teria sido disparado, indicando que Oswald não teria agido sozinho. O caso ainda gera muita polêmica e estudiosos apresentam várias versões. Entre as teorias de conspirações contra o presidente Kennedy estão hipóteses que vão desde a participação de exilados cubanos, direitistas descontentes com a política de Kennedy em relação a Cuba e a Fidel Castro, à participação da Máfia, muito combatida pelo governo Kennedy, e até mesmo a participação de agentes da CIA que haviam sido demitidos por Kennedy meses antes do fato.

Museu

São muitos os museus norte-americanos que abrem espaço para contar a passagem de John F. Kennedy pelo Governo americano. Porém, o que chama atenção é o fato do sexto andar do Depósito de Livros de Dallas, local em que Oswald disparou os tiros fatais, ter se tornado um museu em homenagem ao presidente morto. O “The Sixth Floo”, (Museu do Sexto Andar) tem como objetivo mostrar o fato histórico aos visitantes. O espaço tem três mil metros quadrados. Fotografias, objetos históricos, 40 minutos de documentários, documentos e outros materiais sobre o assunto podem ser vistos no local.

Dallas, cidade onde Kennedy foi morto, por vários anos foi mal vista entre os norte-americanos. Nos últimos tempos, a cidade tem recuperado sua imagem, e hoje explora o fato relaivo à morte do presidente, um dos presidentes americanos mais conhecidos no mundo.

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O prédio de onde o tiro fatal foi disprado se tornou um museu.
O prédio era utilizado como depósito de livro em Dallas

 


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