O amparense João José Tafner foi nomeado na terça-feira, primeiro de fevereiro, corregedor da Receita Federal. Tafner é auditor da Receita Federal. A nomeação foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União (DOU), com a assinatura do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Tafner é servidor federal há quase 20 anos. Ocupou no ano passado o cargo de diretor administrativo-financeiro da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), empresa que também é vinculada ao Ministério da Economia. O comando da corregedoria da Receita estava vago desde julho do ano passado.
Polêmica
A nomeação de João José Tafner foi noticiada pelos grandes meios de comunicação e gerou muita polêmica, Dentro da Receira Federal, ele é tido como apoiador do presidente Jair Bolsonaro. A corregedoria da Receita é uma área de interesse do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente.
Durante a campanha eleitoral de 2018, ele posou para fotos ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), de Marcos Pontes (hoje ministro da Ciência e Tecnologia) e do candidato a deputado estadual pelo PSL Marcus Dantas. Nas fotos, Tafner aparece utilizando um adesivo da campanha de Dantas.
O comando da corregedoria da Receita estava vago desde julho do ano passado, quando terminou o mandato de José Pereira de Barros Neto. No ano passado, Guedes indicou para o posto o auditor Guilherme Bibiani. Entretanto, segundo informou o colunista e jornalista Lauro Jardim na época, a nomeação foi travada por Flávio Bolsonaro, que gostaria que alguém de sua confiança ficasse no posto.
Barros Neto havia sido alvo de um pedido de investigação de Flávio, que acusou o então corregedor de deixar de apurar supostos atos ilegais. O Ministério da Economia, contudo, concluiu que não houve infração e arquivou o caso.
A defesa do senador alega que a investigação da "rachadinha", da qual ele é alvo, teria sido iniciada a partir da atuação irregular de auditores da Receita no Rio de Janeiro. Em 2020, Flávio e seus advogados se reuniram com o então secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, para apresentar suas suspeitas.
Tostes Neto deixou o cargo em dezembro. A ordem para exonerá-lo teria partido de Bolsonaro, atendendo os interesses de Flávio.
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