Por: Antonio Carlos de Oliveira,
30/06/2020
12:00

Nos meus longínquos tempos de estudante, a política, principalmente a internacional, fanatizava minha mente. Era a época da chamada “guerra fria”. Dois grandes grupos políticos dominavam o mundo: o capitalismo e o comunismo. De um lado os Estados Unidos comandavam o capitalismo e do lado oposto a União Soviética liderava o comunismo. O Brasil participava do grupo capitalista, mas as chamadas nações socialistas despejavam milhões de dólares na América Latina com uma propaganda arrasadora. Líderes intelectuais, estudantes, professores, jornalistas, sindicalistas, artistas, camponeses sofriam todo tipo de “lavagem cerebral”. Eu, como estudante, simpatizei-me com a chamada esquerda (comunista). No ano de 1957, a então, União Soviética lançou o primeiro satélite artificial da Terra. Foi aí, então, que comecei a debater política com meu” nonno” (Ele era um italiano loiro, quase ruivo “biondo”). Minha frase favorita era: “nonno”, o comunismo vai dominar o mundo. Ele, rindo, me retrucava: “ninguém pode com os norte-americanos”, Carlo. (No italiano Carlos não tem s assim com Homero não tem h.). “Pode esperar que já, já, a Rússia vai receber o troco, retrucou meu saudoso avô. Foi dito e feito. Em 1969, os Estados Unidos colocaram astronautas na Lua. O parecer do meu avô tinha lógica. Observando o mapa-múndi, a gente pode notar que a maioria dos pontos estratégicos do nosso Planeta está nas mãos dos ingleses, norte-americanos e das nações amigas. A Inglaterra, por exemplo, sempre teve (em épocas não tão distantes) o domínio dos mares. Há não muito tempo, a Inglaterra deu um “baile”na Argentina, apossando-se, definitivamente, das Ilhas Malvinas com a maior facilidade. Brigar nos mares contra o país que tem a melhor marinha do mundo é procurar uma guerra suicida.Se você não puder brigar com o mais forte, fique amigo dele. O nosso presidente tão polêmico, rústico, anti-intelectual tem, pelo menos, algo que o salva da mediocridade. Do que se trata?  Trata-se do seguinte: percebendo sua fragilidade, ele se aproxima dos Estados Unidos e das nossas forças armadas. Quem entende um pouquinho de política internacional e sem interesses outros, sabe que os regimes de esquerda estão cansados de apanhar. Chego, portanto, ao término: Meu “nonno” tinha razão.

Nota da redação: Antonio Carlos de Oliveira, professor e membro da  Academia Amparense de Letras (AAL).

 


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