Por: A Tribuna
04/08/2021
07:08

No dia 8 de maio de 1945, o Almirante Dönitz, nomeado pelo próprio Adolf Hitler seu sucessor, anunciou pelo rádio a rendição da Alemanha. Hitler havia cometido suicídio oito dias antes e nada mais havia a ser feito. Era o final de um dos maiores conflitos armados da história mundial. Ou melhor, era quase o fim.

A Segunda Guerra Mundial terminava, mas somente no continente europeu. No Pacífico, o Japão ainda resistia às investidas norte-americanas. Naquele mesmo mês, os líderes aliados reunidos na Conferência de Potsdan haviam exigido a rendição incondicional do império japonês. Tal imposição teria causado uma divisão no próprio governo japonês; enquanto uma ala aceitava a rendição, os militares teimavam em continuar na luta.

Naquela manhã de 6 de agosto de 1945, os tripulantes do avião Enola Gay só conseguiam dizer "Meu Deus, o que fizemos", depois de presenciarem a cidade de Hiroshima, no Japão, desaparecer em baixo de uma nuvem em forma de cogumelo. Era o efeito do lançamento da primeira bomba atômica americana que saiu de um avião B-29 batizado pelo seu comandante com o nome de Enola Gay, em homenagem à sua própria mãe. No dia 9, outra bomba igual seria lançada sobre a cidade de Nagasaki. Os pilotos norte-americanos haviam sido treinados durante meses para uma missão especial, a bordo de uma esquadrilha de aviões B-29. No entanto, quase ninguém sabia o que esses aviões realmente transportavam.

Morreram cerca de 100 mil pessoas em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki. As vítimas eram civis, cidadãos comuns, já que nenhuma das duas cidades era alvo militar muito importante. O cenário histórico dessa tragédia, que permanece até hoje na memória de milhares de japoneses, era a guerra no Pacífico, entre Japão e Estados Unidos.

As bombas de Hiroshima e Nagasaki marcam o início do contexto conhecido como "guerra fria", a disputa político-ideológica e militar que dividiu o mundo entre o socialismo soviético e o capitalismo norte-americano por mais de 40 anos, até a desintegração da URSS, a reunificação da Alemanha e mais simbolicamente a queda do muro de Berlim em novembro de 1989.

Na contabilização geral dos efeitos das duas bombas, o Japão teve mais de um milhão e oitocentas mil vítimas, além de 40% das cidades arrasadas e a economia totalmente destruída; foi desmilitarizado e ocupado pelos Estados Unidos até 1951, quando as Nações Unidas (exceto a URSS e China), concluíram com ele, o Tratado de São Francisco, devolvendo sua soberania e marcando sua reconstrução integrada ao capitalismo internacional.


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