Por: Marcelo Henrique
08/11/2021
18:11

Recebi na sexta-feira, 5 de novembro,, coincidentemente o “Dia da Cultura”, autografado, com generosa dedicatória, o novo livro do jornalista e escritor Fernando Jorge, intitulado “Paulo Coelho atacou Jesus Cristo”. Fernando Jorge, formidável e destemido polemista, como exímio espadachim das Letras que é, em seu livro, reduz Paulo Coelho a pó de mico, desmitificando o pretenso “talento literário” de Paulo Coelho, que, para mim, confesso, não passa de um talentoso produtor de livros de autoajuda (isso eu já cansei de escrever e reescrever!), em que pese ser ele, segundo dizem, o escritor brasileiro mais vendido de todos os tempos. Fernando Jorge desnuda Paulo Coelho em toda a sua parlapatice e o classifica de “achincalhador de Jesus Cristo, o vigarista que afirmou ser capaz de fazer ventar, chover e ficar invisível”, revelando, inclusive, que Paulo Coelho comprou um banco na Suíça – com caixa-forte no subsolo – pela bagatela de 15 milhões de francos suíços (algo em torno de R$ 80 milhões).

Fernando Jorge, o Norte de gerações de escritores, me honrou, em dezembro de 2019, com seu prefácio ao meu livro de poemas “Canção para todas as dores”. Autor de primorosas biografias (de Getúlio Vargas, de Olavo Bilac, de Santos Dumont, de Lutero, de Paulo Setúbal, entre tantas outras), bem como de obras que são verdadeiras catilinárias, como, por exemplo, “A Academia do fardão e da confusão”, com que ele castiga, sem dó, a Academia Brasileira de Letras, ou seu festejado livro sobre o Aleijadinho, já na quinta edição, com que conquistou, em 1962, o Prêmio Jabuti, Fernando Jorge, um sucessor natural do temido crítico literário Agripino Grieco, tem um chicote na mão em lugar da pena do escritor, um chicote que vergasta o dorso de tantos ídolos com pés de barro, expondo, sem medo, ao grande público, a indigência mental de tantos figurões empavonados das letras, da política e do jornalismo. Corajoso e desassombrado ao extremo, denunciou, em seu livro “Cale a boca, jornalista!” (lançado em 1987 e já na sétima edição) as arbitrariedades cometidas pela ditadura militar de 1964.

Tive a graça e a honra de ter meu modesto talento reconhecido pelo mestre Fernando Jorge. Telefonei-lhe, no final da tarde de hoje, para acusar recebimento de sua obra, cumprimentá-lo e confirmar se ele já havia recebido seu exemplar autografado de meu novo livro, “Retratos e recortes”. Para minha alegria, o rigoroso mestre não só recebeu, mas já leu meu mais recente lançamento, aquinhoando-me, durante nossa conversa, com sua reiterada bênção literária e com seus cumprimentos.

Meus cumprimentos ao escritor Fernando Jorge e minhas boas-vindas ao seu novo livro! Que ele cumpra sua missão de sacudir o alicerce das consciências adormecidas, não com o estrondo das granadas que assustam estrelas, mas com a silenciosa mordacidade de suas palavras, a navalhar a estupidez intelectual que campeia à nossa volta e se abanca nas grandes editoras ou se faz dona dos olímpicos cadernos culturais dos grandes jornais. Evoé, Fernando Jorge! Evoé!


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