Por: A Tribuna
21/01/2020
17:01

Um mistério envolvendo listas de moradores de Amparo movimentou a cidade e gerou muitos comentários entre os internautas. A mensagem compartilhada pelo aplicativo de conversas WhatsApp apontava nomes das pessoas mais chatas, caloteiras e mentirosas do município.

A primeira lista trazia os nomes de mais de 100 pessoas do sexo masculino apontadas como as mais chatas do município. Logo em seguida, foi divulgada uma segunda lista dos mais chatos, também com mais de 100 nomes, citando pessoas do sexo feminino. Por último, foi divulgada a relação dos supostos caloteiros e mentirosos de Amparo.

Num primeiro momento, alguns viam a lista como sendo uma brincadeira. Um dos citados na lista chegou a ironizar a brincadeira: “Meu nome aparece entre os últimos; vou fazer de tudo para ficar entre os primeiros”, brincou o citado na lista dos chatos, pedindo para não ser identificado. Por outro lado, a maior curiosidade de quem recebia as listas era sobre onde elas tiveram início e quem teria sido o autor.

A divulgação de listas dos mais chatos, caloteiros, mentirosos, vadias etc. não é uma brincadeira nova. Fatos semelhantes vêm sendo registrados em vários municípios do País. Em São João da Boa Vista, em 2015, uma lista dos chatos foi divulgada na internet. Na mesma cidade foi divulgada a lista das vadias, dando origem a uma investigação por parte da Polícia para descobrir o(s) autor(es). Mulheres que tiveram os nomes divulgados em uma lista que as rotula de “as mais putas” de Muzambinho, no Sul de Minas Gerais, apontaram ao delegado da cidade, responsável pela investigação, uma moradora da cidade como responsável pela criação da lista. O fato ocorreu em 2018.

Em julho do ano passado, a lista dos mais chatos também teve muita repercussão em São Roque (SP). Até mesmo no Sul do país, na cidade de Lages (SC), a lista dos mais chatos também foi divulgada no ano passado.

Outros citados na lista de Amparo lembram que o assunto é sério e pode parar na Justiça. Advogados consultados afirmaram que a pessoa que praticou esse ato, seja contra a imagem ou o patrimônio da outra pessoa, pode responder criminalmente e também pode responder por danos morais. 

De acordo com a delegada titular do 1º Distrito Policial de Amparo, Leise Silva Neves, “até o momento (terça-feira, 21 de janeiro), ninguém registrou nenhum boletim de ocorrência aqui”. A delegada lembrou ainda que “existe o crime de difamação nesse tipo de ação nas redes sociais, mas que custa caro para entrar na Justiça e, na maioria dos casos, acaba com o acusado tendo que pagar cesta básica. Portanto, as pessoas acabam desistindo de processos nesses casos”, disse a delegada.


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