“O Cassino Royale” será apresentado hoje a noite no Auditório da Rádio Cultura

O filme “O Cassino Royale” será exibido na segunda feira, 7 de outubro. A apresentação faz parte do Projeto Luz & Sombras. O filme é uma sátira dos filmes de espiões e espionagem durante a Guerra Fria dos anos 60 com um elenco internacional. A exibição acontecerá no no Auditório da Rádio Cultura Municipal, na Praça Pádua Salles, Centro, de Amparo, a partir das 19h30.

“O Cassino Royale” tem no seu elenco David Niven, Peter Sellers, Ursula Andress, Orson Welles, Woody Allen, Barbara Bouchet, Deborah Kerr, Jacqueline Bisset, John Huston, Willian Holden, Charles Boyer e Jean Paul Belmondo. O roteiro é de Wolf Mankowitz, John Law e Michael Sayer. O título baseado na obra de Ian Fleming.

O filme tem música de Burt Bacharach e letras de Hal David. Execução musical de Herb Alpert & the Tijuana Brass. O diretor de Fotografia é  Jack Hildyard e a direção de Ken Hughes, John Huston, Val Guest,Robert Parrish e Joseph McGrat.

O filme é uma produção da MGM – Metro Goldyn Mayer de 1967. O gênero é aventura e comédia.

Sinopse

Uma organização criminosa conhecida como Smersh está eliminando os agentes de todas as agências de espionagem do mundo. Afastado do Serviço Secreto Britânico, James Bond volta à ativa, elaborando uma conspiração secreta para combater o inimigo.

Essa versão de “Cassino Royale” não é da série oficial dos filmes de 007. O livro “Cassino Royale” escrito por Ian Fleming foi publicado em 1953 e é o primeiro da série 007. O filme foi baseado vagamente no livro, pois na verdade foi transformado numa verdadeira paródia da aventura típica que não caracteriza o verdadeiro James Bond. Neste filme, James Bond (David Niven) é bem diferente do Bond que conhecemos. Ele é simples, aposentado, caseiro e dedica o crepúsculo de cada noite a tocar Debussy no piano.

“Cassino Royale” teve cinco diretores ao mesmo tempo: Ken Hughes,John Huston,Val Guest,Robert Parrish,Joseph McGrat . Cada diretor trabalhou em um segmento diferente em relativo isolamento um do outro. E John Huston fez uma participação especial como ator. Além disso, considerou-se que um filme alternativo e paródico de Bond não poderia competir contra os filmes produzidos por Albert R. Broccoli / Harry Saltzman. Assim, os produtores Jerry Bresler, John Dark e Charles K. Feldman, deste “Cassino Royale”, fizeram com que equipes de roteiristas e diretores diferentes criassem seus próprios segmentos paródicos de Bond que seriam vagamente amarrados – era quase uma versão cinematográfica de um jogo psicológico, em que se dobra um pedaço de papel para não ver o trabalho de outras pessoas e o indivíduo precisa continuar o desenho em sua seção sem saber o que os outros estão fazendo.

Cada segmento apresenta um conjunto diferente de estrelas - os conjuntos primários são centralizados em David Niven, Woody Allen e Peter Sellers, com Ursula Andress e Orson Welles. Peter Sellers percorre a área cinzenta entre o bufão desajeitado e o playboy suave. Orson Welles vive o vilão Le Chifre e também lança alguns de seus truques de magia em cena.

 “Cassino Royale” tem uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos com letras escritas por Hal David, músicas de Burt Bacharach e incursão musical de Herb Alpert e os Tijuanas Brass. Incluindo a faixa-título de Herb Alpert e a versão sensual de Dusty Springfield do clássico de Bacharach e David, "The Look of Love".

O elenco tem um estilo desleixado, onde mais poderemos encontrar Orson Welles, John Huston e Woody Allen no mesmo filme ou Peter O'Toole, George Raft, Charles Boyer e Jean-Paul Belmondo participando de aparições fugazes. Além disso, tem Woody Allen como um gênio do mal com a pretensão de dominar o mundo e Deborah Kerr pendurada no cano de um castelo escocês ao som de uma canção de Burt Bacharach e Hal David e tem também Ursula Andrews, Barbara Bouchet ,Jacqueline Bisset juntamente com mais de uma vintena de bons atores.

É uma bagunça maravilhosamente estranha, ousada, engraçada e incoerente num filme. Mostra-se alegremente insano, imprevisível e notavelmente livre de bom senso.